Entrevista com um usuário de drogas

" Não entendo como alguém pode ser viciado em drogas, em um mundo que existe chocolate e internet. "

Início da entrevista...

Flor: — Onde você nasceu e como foi sua infância?

Acerola.jr (Usuário): — Nasci na "crakolandia", pois minha infância era só de futebol e tudo isso, soltar pipas etc.

Flor: — Há quanto tempo você usa drogas e quando começou?

Acerola.jr (Usuário): — Há 8 anos.  Eu comecei a usar quando minha mãe morreu.

Flor: — Como as drogas entraram em sua vida?

Acerola.jr (Usuário): — Eu via as pessoas cheirando, daí quis imitar.

Flor: — Que tipo de drogas você chegou a consumir e por quanto tempo?

Acerola.jr (Usuário): — Maconha. Uso até hoje.

Flor: — Em que ocasiões utilizava as drogas e quando sentiu que o uso estava se tornando compulsivo?

Acerola.jr (Usuário): — Usava quando ficava bravo, etc. Percebi quando comecei a vender tudo o que eu tinha.

Flor: — Como passou a ser sua vida (familiar, social e profissional)?

Acerola.jr (Usuário): — Familiar normal, porque nenhum parente queria "eu" por causa da minha cor. Social eu usava todos os dias. 

Flor: — Você chegou a falar sobre isso com alguém?

Acerola.jr (Usuário): — Não, pois eu cheirava escondido.

Flor: — Em que momento você começou a acreditar em Deus, ou não acredita?

Acerola.jr (Usuário): —  Eu acredito em Deus desde quando nasci. Pra mim Deus é tudo.

Flor: —  Para finalizar a nossa entrevista, qual o recado que você manda para os jovens que pensam em entrar no mundo das drogas? 

Acerola.jr (Usuário): — Eu falo que não é bom entrar nisso, porque você pode falar na sua mente que só vai experimentar, mas aí não tem volta, você vicia, por isso drogas é muito ruim. Para mim, é normal, eu já me acostumei, mas para vocês, eu recomendo não usar. Pois isso mudou a minha vida, mudou a minha vida para o mundo das drogas, assaltos, etc. Ah, e um salve paro o mano "Dede".


Obs.: Na entrevista, não foi difícil perceber que ele havia usado há uns minutos atrás, pois o cheiro da maconha estava muito forte e ele estava um pouco "doidão".